
Nelson Carvalho, qual cabrito montês, prosseguiu a descida da fraga. Quando surgiu do meu lado da serra, à luz abençoada das seis da manhã, um sorriso nos lábios, a pedir-me para esperar mais um pouco, eu não queria acreditar. Esperava alguém com cordas e capacete.
Como fora possível Nelson descer aquela ravina com 80 por cento de inclinação, subir outra e manter aquela energia? “Ainda estou para perceber”, recordou mais tarde, “ pisei fragas de 15 centímetros. Cheguei a uma rocha muito alta, disse para comigo que ía parar por ali. Sentei-me, vi duas pedras salientes, agarrei-me pelas mãos e consegui chegar a uma saliência com a ponta do pé”.
Sem comentários:
Enviar um comentário