Naquele sábado, segui disciplinadamente o estradão que liga Sirarelhos às eólicas e desce para os lados do vale de Campeã. No planalto- o dorso em mesa do Marão à minha frente- grupos de vacas maronesas, de pele castanha escura, seguiram os meus passos de intruso até me verem descer para as bandas de Vila Cova, onde em tempos se explorou o ferro e agora se paga mil euros por cada bebé que nascer. O vale deu-me as boas vindas, primeiro através do altifalante do santuário da Senhora de La Salette que começou a chiar precisamente quando dali descia para os telhados de lousa da aldeia: “brum, immmm...a treze de Maio...” Descansei num café simpático onde um burro de peluche procurava beber de um pacote de vinho com uma palhinha. O melhor estava para vir. Vila Cova tem a melhor paragem de autocarro do mundo, uma paragem em lousa com um sofá e uma vista soberba sobre os campos do vale de Campeã e que dispõe de ...rede wireless! Não podia ter pedido melhor despedida do Alvão.


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