
Dei por mim entre as acácias e a ramagem seca dos pinheiros mansos. Lá estava eu, em plena mata das dunas, um emaranhado de troncos e ramos, a tentar alcançar o mar sem uma faca de mato. Peguei num pedaço de madeira e fui batendo com toda a força para partir os galhos. De vez em quando via luz mais à frente e pensava estar finalmente a alcançar o caminho inicial. Andei naquilo umas duas horas. Rastejei por baixo de troncos partidos, tive de passar a mochila em zonas onde nem as acácias nem os pinheiros me permitiam passar. Por vezes, deitava-me e pensava se não teria de dormir ali. O som do mar vinha do lado esquerdo e mantive sempre a vontade de o atingir partindo os novos galhos e troncos que me apareciam pela frente. Quando o caminho original me apareceu, apeteceu-me dar pulos de alegria. Ao longe, a norte, avistei uns prédios. Só pode ser o Furadouro, pensei. Verdade. Ao fim de mais uma hora, pedaços de acácia na cabeça, alcancei o mar batido e escavado do Furadouro, as águas a bater num pontão junto aos primeiros prédios. Quem manda construir em cima das dunas?
1 comentário:
nuno estavas com um ar mt cansado seria por causa das silvas ?? kk estou a reinar gosto mt do teu blog,força continua ainda falta um pouco para completar o nosso belo país,bem ainda não passas-te pela minha cidade quando cá vieres estarei lá para te dar força .
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