“Essa máquina tem mesmo 110 anos?” Américo Ramos, 60 anos, acena que sim com a cabeça. O Sol das duas da tarde de um domingo festivo na Penha, Guimarães, incide sobre o fotógrafo popular e o seu velho artefacto sem piedade. “Isto hoje tem de ser feito rápido senão queima tudo e a foto fica escura”, explica Américo, que com mais cinco irmãos mantem uma rede de máquinas fotográficas antigas nos principais santuários do Minho. Naquele preciso momento, um está em Santa Luzia, Viana do Castelo, substituindo o pai, o pioneiro, hoje com 84 anos. Outros dois estão em Braga, no Bom Jesus, outro no Sameiro e Américo, claro, a suar para se manter operacional em frente à Igreja da Penha.
A maioria das pessoas que se aproxima de Américo quer uma recordação a cores com o tradicional cavalinho. “Hoje a cores é mais prático mas tenho aqui revelador, fixador, chapa, para fazer tudo como dantes, a preto e branco”.
DIÁRIO DE VIAGEM DO JORNALISTA NUNO FERREIRA (EX-EXPRESSO, EX-PÚBLICO) QUE ATRAVESSOU PORTUGAL A PÉ ENTRE FEVEREIRO DE 2008 E NOVEMBRO DE 2010. O BLOG INCLUI TODAS AS CRÓNICAS PUBLICADAS NA REVISTA "ÚNICA" EM 2008, BEM COMO AS QUE SÃO PUBLICADAS SEMANALMENTE NO SITE CAFÉ PORTUGAL. (Travel diaries of Nuno Ferreira, a portuguese journalist who crossed Portugal on foot from February 2008 to November 2010. contact: nunoferreira62@gmail.com ou nunocountry@gmail.com
24/07/10
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário